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MOVIMENTO SOU DE ALGODÃO COMPLETA CINCO ANOS

Iniciativa da Abrapa, desde 2016, promove a moda responsável, através de ações e conteúdos voltados, principalmente, à conscientização do consumidor para melhores escolhas ao se vestir

O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), completou, no dia 26 de outubro, seus cinco anos de existência, mobilizando toda a cadeia, do produtor ao consumidor final, com o propósito de promover o consumo consciente da moda por meio da valorização de uma fibra democrática, inclusiva e produzida de forma responsável no Brasil. 

Em cinco anos de história, o algodão foi protagonista em várias edições das principais semanas de moda brasileiras, como SPFW, Casa de Criadores e Brasil Eco Fashion Week. Nas mãos de João Pimenta, Another Place, Rober Dognani, Renata Buzzo, Igor Dadona, Isaac Silva e Ronaldo Silvestre, a fibra mostrou todo seu potencial e versatilidade nas mais criativas coleções, onde foi a principal matéria prima. No entanto, esse protagonismo não se dá apenas pelas mãos desses talentosos designers, mas também a partir dos tecidos fabricados pelas marcas parceiras que colaboram nessas criações, como Vicunha, Cataguases, Santanense, Urbano Têxtil, Cedro, Canatiba, entre outras. O papel do movimento, aproximando públicos, se confirma por meio dessas collabs.

MARCAS PARCEIRAS

O algodão está presente em diversos produtos e no dia a dia das pessoas. É muito provável que seja impossível passarmos um único dia de nossas vidas sem, ao menos, ter contato com uma peça feita a partir dessa fibra. Mostrar essa versatilidade e a presença da matéria prima na rotina das pessoas era uma missão do movimento, gerando o reconhecimento do público sobre sua importância em vários momentos de suas vidas.

Com esse objetivo, a partir de 2017, o movimento Sou de Algodão passou a convidar marcas que usam a fibra na fabricação de seus produtos para mostrar a versatilidade da matéria-prima. Dessa forma, tornou-se possível demonstrar o quão essencial ela é na moda, desde produtos de cama, mesa e banho, ao jeans e à camiseta. Diversos nomes do mercado mostraram exemplos de como se usar em todas as ocasiões. No primeiro ano, foram 11 adesões, com destaque para a Lojas Renner. Dois anos depois, em 2019, totalizou 165 parceiros e atraiu diversas marcas e estilistas, com a adesão de João Pimenta, Reinaldo Lourenço, Fabiana Milazzo, Angela Brito, Another Place, Gustavo Silvestre, Amapô e Ronaldo Silvestre.

Em 2021 somou, até setembro, 720 marcas, com a representatividade de empresas de todos os portes, do microempreendedor a gigantes varejistas. Marcas como Reserva, Shoulder, Farm, Maria Filó, MMartan, Artex, Santista Decora, Santista Jeanswear, Malhas Menegotti, Dalila Têxtil, Milon, Brandili, Linhas Círculo, entre tantas outras, que abraçaram o movimento. Além de mais de 400 microempreendedores, que encontraram no algodão uma forma de sair da crise e ressignificar seus negócios.

SOU DE ALGODÃO CONECTA

Além de demonstrar a versatilidade da fibra, o movimento é um ambiente propício para novos negócios e aprendizados. Com este objetivo, foi lançado em agosto de 2021, o Sou de Algodão Conecta, uma iniciativa para integrar, nivelar o conhecimento sobre o algodão e a sustentabilidade da cadeia, e promover a colaboração. O webinar de lançamento contou com a presença da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), além da própria Abrapa, e mostrou a importância da integração de toda a cadeia por um futuro mais promissor para a indústria da moda nacional.

TRANSPARÊNCIA E RASTREABILIDADE

O Brasil é o maior fornecedor de algodão com certificação socioambiental do mundo, e atualmente, 81% de toda a produção é certificada pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que atesta que a fibra foi cultivada atendendo a 178 itens de verificação, distribuídos em 8 critérios: contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo ou em condições degradantes ou indignas, liberdade de associação sindical, proibição de discriminação de pessoas, segurança, saúde ocupacional, meio ambiente do trabalho, desempenho ambiental e boas práticas agrícolas.

Com o objetivo de tornar essa informação mais acessível ao consumidor – cada vez mais exigente e informado -, e dar transparência à forma como o algodão é produzido no Brasil, a Abrapa se juntou às varejistas Reserva e Renner e lançou, em 7 de outubro deste ano, o SouABR, o primeiro programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil do Brasil. Nele, é possível conhecer a cadeia de fornecedores das marcas, comprovando a origem responsável da matéria prima, presente na peça de roupa, por meio da leitura de um QR code, impresso na tag do produto.

“Quando se trata de sustentabilidade, é quase inevitável associá-la ao produto acabado. Mas ela começa muito antes, como, por exemplo, com a escolha da matéria-prima e, a partir daí, é capilarizada para todo o processo produtivo. A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo”, explica Fernando Sigal, diretor de Produto e um dos sócios-fundadores da Reserva.

“Nossa jornada em moda responsável tem nos provocado a desenvolver uma série de iniciativas de inovação que busquem a evolução da indústria e sua cadeia de valor. Este projeto em parceria com a Abrapa e a Reserva mostra como é possível conciliar moda, sustentabilidade e tecnologia com o propósito de que essa indústria seja cada vez mais transparente. Estamos muito orgulhosos de fazer parte dessa construção pioneira, que permite dar maior transparência a todo o processo envolvido na produção das roupas, provando que antes mesmo de chegar no guarda-roupa das pessoas, as peças já têm sua própria história”, afirma o gerente geral de Sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto.

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