O objetivo dos agricultores é a instalação de uma indústria local para a produção de óleo de algodão e torta para o gado. O financiamento deve viabilizar a instalação de maquinários e recuperação de galpão industrial de 767,23 m²
Nesta sexta-feira, dia 02 de dezembro, os diretores do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), conhecido como Banco Mundial, visitaram os campos e o projeto Algodão Paraíba, em Ingá. A missão é integrada por Anna Wellenstein, diretora regional para a América Latina e Caribe, e Johannes Zutt, diretor para o Brasil, além de oito especialistas seniores do Bird.
Gerentes e técnicos do Projeto Cooperar acompanharam a missão nas visitas de campo. A visita em Ingá foi feita com o coordenador geral do Projeto, Omar Gama, e pelo gerente do programa PB Rural Sustentável, Leonardo Bichara.
A missão atende a demanda dos agricultores que anseiam por financiamento para expandir o projeto que colocou Ingá no mapa da produção de algodão orgânico no país. As colheitas já atingem escala industrial, tornando o algodão um produto de extrema importância socioeconômica para a região. A cultura do algodão é feita com contrato de compra garantida por indústrias têxteis e de confecção locais e de outros estados brasileiros.
O primeiro passo para solicitar apoio é o diagnóstico da atividade agrícola. A partir disso, um plano de negócio deve ser elaborado para avaliar a necessidade do financiamento e estabelecer o valor do crédito destinado à Cooperativa dos Agricultores Familiares do Município de Ingá e Região.
O objetivo dos agricultores é a instalação de uma indústria local para a produção de óleo de algodão e torta para o gado. O financiamento deve viabilizar a instalação de maquinários e recuperação de galpão industrial de 767,23 m².
Com a nova indústria, os agricultores pretendem expandir o mercado e aumentar os ganhos e os lucros. Por isso, a ideia da fábrica foi enviada para apreciação do projeto Cooperar, que gerencia os recursos para estabelecer um contrato de empréstimo que é feito entre o Banco Mundial e o Governo Estadual.
A prefeitura é a principal incentivadora do projeto Algodão Paraíba, que está sendo realizado por meio de associações, da Cooperativa dos Agricultores Familiares do Município de Ingá e Região e da Cooperativa de Trabalho de Confecção e Vestuário (Coveste), esta última criada para atender o setor da moda.
Na ocasião, o prefeito Robério Burity recebeu os diretores do Bird e do Cooperar, além de representantes de diversas secretarias e entidades estaduais voltadas ao desenvolvimento rural e cultural que fortalecem a cadeia produtiva do algodão. O prefeito afirma que o governo do Estado já vem dando todo o apoio ao projeto em Ingá. Além disso, o arranjo produtivo já conquistou parcerias com indústrias têxteis como o grupo Cataguases, Dalila Têxtil, Redes Santa Luzia e confecções como a paraibana Natural Cotton Color, que ajudaram a comprar a descaroçadeira. As empresas também contribuem na capacitação dos agricultores compartilhando a experiência com logística e finanças.
“A ideia da industrialização é expandir o mercado. Se os insumos do algodão forem melhor aproveitados, como a extração de óleo orgânico a partir do caroço, os agricultores poderão atender a outros setores como, por exemplo, o da indústria cosmética, podendo gerar ainda mais lucros”, conclui o prefeito.
SOBRE O PB RURAL SUSTENTÁVEL DO PROJETO COOPERAR
A meta do Governo do Estado da Paraíba com o PB Rural Sustentável é reduzir a vulnerabilidade agroclimática, buscando auxiliar os pequenos agricultores familiares para que mantenham atividade produtiva durante todo o ano, propiciando uma melhor convivência nas estações de escassez de água. Suas linhas de atuação são acesso à água, redução da vulnerabilidade agroclimática e acesso a mercado. A visita ao campo de Ingá é uma das ações do PB Rural Sustentável que são executadas pelo Projeto Cooperar, com investimentos do Governo do Estado da Paraíba em parceria com o Banco Mundial.