Objetivo é unir forças para ambiente de negócios mais competitivo em âmbito global e redução do Custo Brasil
Nesta quarta-feira, 30/06, foi lançada a Frente Parlamentar Pelo Brasil Competitivo. Apresentada de forma híbrida – na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, e transmitida ao vivo pelo YouTube -, a nova frente partiu do Movimento Brasil Competitivo (MBC) junto à CNI, e tem como objetivo unir forças para criar um canal efetivo de interlocução com o governo federal para resolver os gargalos da indústria brasileira, bem como a redução do Custo Brasil (que hoje representa 22% do valor do PIB), gerando um ambiente de negócios mais estável e competitivo em âmbito global.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou que o Brasil tem um dos maiores e mais diversificados parques fabris do planeta. Ele citou o estudo recente da CNI – do qual a Abit participou ativamente -, que mostra que a indústria de transformação é mais diversificada que a média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“No entanto, estamos retrocedendo. Não conseguimos competir com o resto do mundo e estamos concentrando a produção em setores tradicionais. E isso se deve ao elevado Custo Brasil. Nossa indústria, que já foi a oitava maior do mundo, ocupa hoje o décimo sexto lugar no ranking internacional”, afirmou.
Composta por 202 parlamentares (entre deputados federais e senadores), a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo é capitaneada pelo deputado federal Alexis Fonteyne (Novo/SP), que também integra a Frente Parlamentar Mista “José Alencar” para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção; tem como vice-presidente o senador Oriovisto Guimarães (Podemos/PR); e o apoio da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).
“Os recentes movimentos de abertura da economia por parte do governo federal, tornam a nossa agenda ainda mais urgente, e desta vez, inadiável. Precisamos evitar a fuga de empresas, de investimentos e impulsionar o desenvolvimento da competitividade, dando condições para que o setor produtivo nacional seja capaz de concorrer com seus competidores globais”, comentou o presidente da FPBC, Alexis Fonteyne.
A FPBC trabalhará com grupos temáticos, como Tributário, Crédito, Inovação, Trabalhista e de Infraestrutura, e entre as prioridades estão as Reformas Tributária e Trabalhista, bem como segurança jurídica, infraestrutura e qualificação profissional.
“A indústria de transformação brasileira, que já foi a 8ª do planeta e hoje figura na 16ª posição, diminuiu 1,6%, em média, na última década. Precisamos voltar a crescer, gerar desenvolvimento, emprego e renda para a sociedade brasileira”, comenta Haroldo Ferreira, presidente da Abicalçados. Ele ainda destaca que, embora exista uma crescente conscientização da classe política sobre a importância da indústria para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, é preciso colocar em prática ferramentas que garantam a sobrevivência e a competitividade da atividade.
Fontes: CNI, Abit e Abicalçados