“A Medida Provisória que reeditou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda – BEm pelo período de 120 dias deu-se em boa hora”, avalia Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Para ele, a flexibilização da jornada de trabalho e dos salários, adotada com êxito em 2020, não deveria ter sido interrompida, mas seu retorno é importante.
“A medida é inteligente, pois permite a manutenção dos vínculos de trabalho, ao mesmo tempo em que viabiliza a preservação das empresas e dos empregos. Além disso, em vez do governo gastar dinheiro com o salário desemprego, investe recursos mantendo os empregos. Portanto, sua reedição vai ao encontro das prioridades do Brasil para a superação de mais esta etapa difícil causada pela Covid-19”, enfatiza Pimentel.
Segundo dados do Caged compilados pela Abit, registrou-se, em março último, saldo positivo no mercado de trabalho brasileiro, com 184 mil postos formais. No setor têxtil e de confecção, foram 7.083 novas vagas, sendo 2.384 no segmento têxtil e 4.699 na confecção. Porém, nos 12 meses compreendidos entre abril de 2020 e março de 2021, o setor ficou negativo em 2.543 vagas (no período, o segmento de confecção perdeu 14.502 e o têxtil agregou 11.959). “Os dados, ainda permeados de instabilidade, demonstram ser pertinente o apoio do governo ao esforço das empresas para manter os empregos”, conclui Pimentel.