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SUSPENSÃO DE ANTIDUMPING DE FIOS DE POLIÉSTER TERÁ IMPACTO NA CADEIA BRASILEIRA DE CALÇADO

A suspensão do antidumping contra fios de poliéster oriundos da China e da Índia, definida em reunião da Comissão de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), foi bem recebida pelos fabricantes de componentes e insumos para calçados. O pedido que estava em análise solicitava a aplicação de uma sobretaxa para importação dos filamentos de 5% (China) e de 8% (Índia). Os materiais em questão são utilizados na fabricação de cabedais, forros e laminados sintéticos. 

Segundo a superintendente da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Silvana Dilly, a possível aplicação de uma sobretaxa elevaria ainda mais os preços das matérias-primas produzidas a partir dos fios de poliéster. “Já estamos convivendo com aumentos nos preços desses produtos, por fatores macroeconômicos como a valorização do dólar e o elevado custo logístico internacional enfrentado por diferentes segmentos da indústria. A aplicação de mais uma taxa teria impacto na inflação na cadeia produtiva do calçado. A medida da Camex foi acertada, no sentido de que os insumos oriundos destes países continuarão a complementar a produção nacional para atender toda demanda do mercado interno sem aumento de custos, ainda mais neste momento de retomada econômica”, avalia. 

ANTIDUMPING

O antidumping é uma ferramenta de Defesa Comercial prevista no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que visa prevenir casos de dumping – quando determinado produto é exportado com um preço inferior ao praticado no mercado interno do país exportador. “A ferramenta é legítima quando existe materialidade e quando a produção nacional para atendimento da demanda, o que não é o caso dos fios de poliéster A aplicação de uma sobretaxa, neste caso, só implicaria em um aumento inflacionário para o setor e, consequentemente, para o consumidor final”, explica Silvana. 

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