Por Fernando Valente Pimentel
Em um país de dimensões continentais como o Brasil, o associativismo emerge como ferramenta essencial para o fortalecimento e desenvolvimento dos distintos ramos de atividade, como se observa no âmbito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que representa uma cadeia produtiva complexa e diversificada e atua como catalisadora do progresso e da união entre as empresas do setor. Trata-se de uma ação e de uma estratégia colaborativa que permite o compartilhamento de conhecimento, maior peso institucional e político, acesso a recursos, networking e economia de escala.
A Abit, com seu expressivo quadro de empresas e sindicatos associados, tem sido fundamental para o fortalecimento do setor. Além de representar os interesses da indústria em âmbito nacional e internacional, promove um ambiente propício à geração de negócios e networking, com a promoção de feiras, congressos e seminários que conectam os diferentes elos da cadeia produtiva. Também oferece suporte técnico especializado, inteligência de mercado e informações atualizadas sobre o setor, auxiliando as empresas a tomarem decisões estratégicas e a se manterem competitivas no mercado global.
Apesar dos benefícios evidentes, a expansão do quadro de associados em um país tão vasto e diverso como o Brasil é um desafio constante. Para superá-lo, é crucial manter uma comunicação efetiva, demonstrando de maneira clara e convincente os ganhos tangíveis proporcionados pela entidade; estabelecer presença regional para atender às necessidades locais; desenvolver programas personalizados que atendam às demandas específicas de diferentes segmentos e portes de indústrias; e utilizar plataformas online para ampliar o alcance e facilitar a participação de empresas distantes dos grandes centros.
A equipe de relacionamento das entidades associativas, como a Abit, desempenha papel vital como elo entre a entidade e seus membros. Suas responsabilidades incluem a prospecção de novos associados, a fidelização dos membros existentes, a coleta de feedback para aprimorar constantemente as ações e o suporte contínuo aos associados. Este time é fundamental para manter o engajamento e a satisfação dos membros, assegurando que eles aproveitem ao máximo os benefícios oferecidos pela associação.
Para que o associativismo atinja seu pleno potencial, é fundamental que as empresas participem ativamente das ações promovidas pela Abit. Tal engajamento ativa e fortalece a representatividade do setor, amplia as oportunidades de networking, promove a inovação por meio do intercâmbio de ideias e impulsiona o crescimento, abrindo novas perspectivas de negócios e mercados. Quanto mais envolvidas as empresas estiverem nas iniciativas coletivas, mais forte e influente torna-se a voz do setor como um todo.
O associativismo, personificado pela atuação da Abit, é um pilar fundamental para o desenvolvimento e fortalecimento do setor têxtil e de confecção no Brasil. Por meio da união de esforços, compartilhamento de conhecimentos e representação coletiva, as empresas podem superar desafios e aproveitar oportunidades que individualmente seriam inalcançáveis. A expansão contínua do quadro de associados e o estímulo à participação ativa são desafios permanentes. Quando superados, resultam em um setor mais robusto, inovador e competitivo.
O futuro da indústria têxtil e de confecção brasileira depende, em grande parte, da capacidade de suas empresas de reconhecerem o valor do associativismo e de se engajarem ativamente nesse movimento colaborativo. Ao fortalecer os laços coletivos e participar ativamente das iniciativas da Abit, as empresas contribuem para o seu próprio crescimento e para o desenvolvimento sustentável de todo o setor, consolidando a posição do Brasil como um player global na indústria têxtil e de confecção. O associativismo, portanto, não é apenas uma opção, mas uma necessidade estratégica para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado.
Fernando Valente Pimentel é diretor-superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).