Iniciativas de sustentabilidade foram anunciadas durante a Missão Econômica Belga, em São Paulo, e buscam impactar positivamente a cadeia produtiva e as comunidades da região no interior do estado

A Rhodia, uma empresa global de químicos essenciais, pertencente ao grupo belga Solvay, anunciou o lançamento de dois projetos de sustentabilidade em sua fábrica em Paulínia, interior do estado de São Paulo: um projeto de água, focado na reutilização de água em processos industriais, e um projeto climático, que visa a adoção de caldeira de biomassa, fazem parte dos esforços globais da empresa para reduzir impactos ambientais. A pedra de inauguração e a pedra fundamental dos respectivos projetos foram lançadas durante a Missão Econômica Belga, na capital paulista, liderada por Sua Alteza Real a Princesa Astrid da Bélgica, representante de Sua Majestade, o Rei Filipe I.

“Essas iniciativas reforçam nosso compromisso com a sustentabilidade e demonstram que é possível aliar inovação industrial à proteção dos recursos naturais. Além de trazer benefícios para o meio ambiente, esses projetos atendem às demandas dos nossos clientes e consumidores, que buscam soluções com menor pegada de carbono e pegada hídrica. Ambos os projetos representam um marco na cadeia produtiva brasileira e nas ações de preservação ambiental da indústria nacional”, afirma Daniela Manique, CEO da Rhodia na América Latina.

A fábrica da Rhodia em Paulínia, um benchmark global em fabricação sustentável, já reduziu suas emissões de carbono em 95% em comparação aos níveis de 2005. Com esta última iniciativa, a redução alcançará 97% até 2027.

O projeto climático está focado na descarbonização da unidade, com a adoção de caldeiras alimentadas por biomassa, um combustível renovável que substitui fontes fósseis. A iniciativa, em parceria com a ComBio Energia, vai permitir que a Rhodia reduza ainda mais as emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se às metas globais da Solvay de alcançar a neutralidade de carbono até 2030 no Brasil e 2050 globalmente. O projeto será viabilizado com um investimento de 45 milhões de euros.

Já o projeto de reuso de água recebeu um investimento de 1,5 milhão de euros e inicia sua operação em dezembro de 2024. O principal objetivo é reduzir a captação de água da unidade de Paulínia em 4,2 milhões de metros cúbicos por ano por meio de um sistema fechado de resfriamento em que a água circula em torres para ser reutilizada. Esse sistema diminui significativamente a quantidade de água captada dos rios, contribuindo para a eficiência hídrica e preservando os recursos locais.

Também presente na oficialização dos projetos, o CEO global do grupo Solvay, Philippe Kehren, celebrou os anúncios. “Esses projetos representam um passo concreto em direção ao cumprimento de nossos objetivos ambientais. Eles ilustram nosso compromisso contínuo com a redução de nossa pegada e atendem às crescentes demandas do mercado por produtos e processos mais sustentáveis. Com estes investimentos, buscamos contribuir de forma significativa para os objetivos regionais de conservação da água e redução de carbono no Brasil, enquanto fortalecemos nossa liderança responsável no mercado e nossas soluções circulares de baixo carbono,” destacou o executivo.

Além disso, a Rhodia é responsável pela preservação do bioma da região (Mata Atlântica), com mais de 200 espécies de animais e aves, incluindo algumas em extinção, como o Lobo Guará e o Tamanduá Bandeira.

Os projetos refletem as ambições da Rhodia e do grupo Solvay de inovar e transformar seus processos produtivos em prol de um futuro mais sustentável, ao mesmo tempo em que apoiam as políticas globais de sustentabilidade, como o Acordo de Paris e as metas brasileiras de redução de emissões.

A missão real belga, presidida pela Sua Alteza Real a Princesa Astrid da Bélgica e organizada pela hub.brussels em parceria com a AWEX, a FIT e o FPS Relações Exteriores, tem como objetivo explorar a economia crescente do Brasil e promover práticas sustentáveis no setor industrial.

Na foto, board da Solvay/Rhodia recebeu Missão Real Belga e líderes de entidades do setor industrial no domingo (24/11).
Foto: Vincent Bosson