LOJISTAS BRASILEIROS SE REUNEM EM PERNAMBUCO PARA ABASTECER SUAS VITRINES DE VERÃO

40a Rodada de Negócios da Moda Pernambucana acontece de 4 a 6 de agosto em Caruaru, promovida pela Acic e Sebrae-PE

Eles saíram de suas cidades, de norte a sul do Brasil, com uma única missão: garantir que suas compras de Natal e de primavera/verão 2026 sejam realizadas com antecedência, a preços competitivos, num dos maiores polos têxteis nacional: o Agreste Pernambucano, onde acontece, de 4 a 6 de agosto, a 40a Rodada de Negócios da Moda em Pernambuco, promovida pela Acic e Sebrae-PE, prevendo faturar, nesta edição, R$ 35 milhões em negócios.

O Polo de Confecções do Agreste Pernambucano, formado principalmente pelas cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama produz mais de 800 milhões de peças por ano e destaca em segmentos como moda jeans, íntima, praia, fitness, bebê , infantil e juvenil, reunindo mais de 18 mil empresas na cadeia produtiva.

O impacto vai além dos números: são milhares de empregos gerados, inovação na criação e competitividade nos preços, tornando o polo referência em moda acessível e de qualidade.

O escoamento da produção é potencializado por centros atacadistas como o Moda Center Santa Cruz, considerado o maior da América Latina, além da Rodada de Negócios da Moda em Pernambuco, que há 20 anos atrai compradores de todo o país em busca de variedade, tendência e oportunidade de negócio.

“O polo é um exemplo de economia criativa, com forte vocação empreendedora e capacidade de atender ao varejo nacional com agilidade e eficiência”, afirma Cláuston Pacas, presidente Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic).

Mesmo diante de desafios, o polo pernambucano vem se fortalecendo com ações de qualificação, inovação tecnológica e profissionalização, abrindo novas oportunidades inclusive para o comércio eletrônico. 

DO AGRESTE PARA O BRASIL

Enquanto o aumento das tarifas de importação, o chamado “tarifaço”, impacta diretamente marcas e distribuidores que dependem de produtos têxteis vindos da Ásia, o Polo de Confecções do Agreste Pernambucano segue fortalecido e blindado frente a esse cenário.

Isso porque sua estrutura é baseada na produção local e na distribuição nacional, com uma cadeia produtiva integrada que vai da costura à comercialização direta para lojistas de todo o Brasil, e o momento representa uma grande oportunidade para o fortalecimento da indústria nacional, colocando Pernambuco como alternativa imediata, de qualidade e com preços competitivos frente aos produtos asiáticos que terão aumento de até 25% com a nova política tarifária.

“O polo do Agreste é feito por brasileiros, para brasileiros. Isso nos coloca em vantagem diante das mudanças globais e mostra que a moda nacional pode ser protagonista no próprio país”, destaca o superintendente do Sebrae-PE, Murilo Guerra.