IEMI TRAÇA MAPA DO CONSUMO E DA INDÚSTRIA TÊXTIL BRASILEIRA DOS ÚLTIMOS 25 ANOS

Aumento do PIB e da renda per capita de um lado, crescimento de importações e mudanças no poder de compra de outro impactam na indústria da moda. O IEMI disponibiliza dados para que os empresários atuem com assertividade neste cenário

Com expertise conquistada por meio de quatro décadas de pesquisas aprofundadas e estudo de dados, o IEMI – Inteligência de Mercado traçou a evolução do têxtil e da confecção ao longo dos últimos 25 anos. Os dados que fizeram parte do IEMI Experience, encontro realizado durante a Febratex Summit, em Blumenau (SC).

Para o público formado por executivos do setor, o consultor Marcelo Prado, diretor do IEMI, apresentou uma análise da evolução socioeconômica brasileira a partir de 2000 até 2024. O estudo inclui transformações nos hábitos de consumo e nos setores de moda e decoração, com base no banco de dados exclusivo da empresa, considerado o mais completo do país para o setor.

O trabalho reforça sua relevância para compreender as dinâmicas do consumo e da produção no Brasil.

EVOLUÇÃO POPULACIONAL E CRESCIMENTO DO PIB

De acordo com o levantamento do IEMI, no período analisado, a população brasileira cresceu 22%, o que representa 39 milhões de novos habitantes, totalizando 213 milhões de pessoas, conforme o último Censo. Nesse mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento expressivo de 71%, acompanhado por um aumento de 41% na renda per capita, que hoje corresponde a R$ 55 mil por habitante ao ano.

A FORÇA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Outro destaque apontado por Prado foi o fortalecimento da Indústria de Transformação, que atualmente representa 16% do total do PIB nacional. O aumento do poder de compra das famílias também é significativo: os gastos domésticos em 2024 foram 85% maiores do que em 2000, somando R$ 7,49 trilhões em consumo.

PRODUÇÃO TÊXTIL CRESCE, MAS COM DESAFIOS

No setor têxtil, a produção nacional registrou alta de 22% em toneladas nos últimos 25 anos. No entanto, o desempenho do segmento de confecção foi menor, com crescimento de apenas 9% no mesmo período, o que pode supor relativa estagnação na transformação industrial de produtos acabados.

IMPORTAÇÕES GANHAM ESPAÇO NO MERCADO INTERNO

O avanço dos produtos importados no mercado nacional chama atenção. Segundo dados do IEMI, enquanto as exportações brasileiras de têxteis e confeccionados caíram 58%, as importações dispararam: o volume importado cresceu 585% em toneladas. Isso demonstra a dependência do mercado externo para suprir a demanda interna por tecidos e itens vestuário.

DADOS ATUAIS COM EMPREGO ESTRATÉGICO

O cenário apresentado é desafiador para os atuais players de mercado. Por outro lado, com dados atuais e fundamentados, o empresário do setor deixa de agir empiricamente e passa a tomar decisões baseadas em fatos. Ao conhecer os meandros do mercado, as taxas de crescimento, as oportunidades regionais, bem como as inevitáveis ameaças (como aumento de importações), torna-se possível traçar planos de expansão, investimento ou diversificação com mais segurança.

IEMI: 40 ANOS DE INTELIGÊNCIA DE MERCADO

Com 40 anos de atuação, o IEMI – Inteligência de Mercado é referência em estudos setoriais e desenvolvimento de estratégias para a indústria e o varejo. Reconhecido pela profundidade de suas análises, o instituto presta consultorias baseadas em dados atualizados, orientando decisões empresariais e políticas públicas.

Acesse o site iemi.com.br e conheça o leque de estudos que o IEMI disponibiliza.

Por: Eleni Kronka – IEMI

Imagem: Freepik