A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) manifesta grande preocupação com a entrada em vigor, em 6 de agosto, da tarifa adicional de 40% imposta pelos Estados Unidos sobre uma ampla gama de produtos brasileiros, elevando para 50% a carga total de importação. A medida, se mantida, terá impactos severos na economia nacional e no setor produtivo.
Embora cerca de 40% do comércio bilateral tenha sido excluído, estima-se que US$ 24 bilhões em exportações brasileiras seguirão afetadas. No setor têxtil e de confecção, apenas cordéis de sisal ficaram fora da nova tarifa. Todos os demais itens serão penalizados.
A Abit defende que a resposta brasileira baseie-se em serenidade e firmeza, com uma articulação diplomática estratégica. Em paralelo, considera essencial que o Governo Federal e os estaduais adotem medidas emergenciais para mitigar os efeitos sobre produção e emprego: liberação de créditos tributários, devolução de saldos credores de ICMS, postergação de impostos, linhas especiais para ACCs, retomada do Reintegra (3%) e do Programa Seguro-Emprego.
A entidade seguirá atuando perante as autoridades para buscar a exclusão integral do setor da tarifa adicional e preservar um ambiente de diálogo, cooperação e previsibilidade nas relações comerciais com os EUA.