Plataformas de apostas on-line têm endividado as famílias brasileiras e se tornado caso de saúde pública

A febre das “bets”, ou plataformas de aposta on-line, está se tornando um caso preocupante para a saúde financeira e mental dos brasileiros, tanto que até o governo federal vem fazendo intervenções para a regulamentação das empresas que queiram operar na legalidade aqui no país, bem como restringindo formas de pagamento para que os usuários não se afundem cada vez mais, em especial os beneficiários do Bolsa Família, em que muitos estavam usando a verba recebida para o jogo, em vez de necessidades elementares, como a alimentação. O que seria uma forma de lazer está virando uma maré de azar, com o vício e o descontrole financeiro se instalando, acendendo uma luz de alerta no mercado.

Uma pesquisa do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) com o Instituto Locomotiva, chamada Epidemia do Azar, aponta que 25 milhões de brasileiros fizeram apostas nessas plataformas somente nos primeiros 7 meses deste ano, tendo como perfil destacado o de mulheres e pessoas de menor renda. Ainda, 6 em cada 10 brasileiros conhece alguém que está perdendo muito dinheiro nesses sites de aposta. Uma boa fatia da renda dos cidadãos está fazendo os “tigrinhos” engordarem (só em vestuário, 41% dos gastos têm sido redirecionados aos jogos), tanto que cerca de 20 entidades nacionais de comércio, indústria, consumo e varejo – entre elas a Abit e Abvtex – divulgaram recentemente um manifesto alertando sobre o crescimento desenfreado das apostas eletrônicas e suas graves consequências sociais, econômicas e de saúde pública. Para ler na íntegra, acesse aqui.