Iniciativa voluntária da empresa têxtil, direcionada aos escopos 1 e 2, abrange tanto as operações sob controle e gestão da indústria quanto as emissões indiretas, como aquelas provenientes da geração de energia elétrica consumida
Conforme divulgado na 10ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa (SEEG), o Brasil está entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo. Para se ter uma ideia, em 2021, o país emitiu 2,42 bilhões de toneladas brutas de gás carbônico (CO2) equivalente, 12,2% a mais que em 2020, um dado alarmante que endossa a necessidade da descarbonização. Diante dessa realidade, a indústria têxtil Brandili se empenhou em traçar metas voluntárias para enfrentar as mudanças climáticas e alcançou o status de empresa carbono neutro nos escopos 1 e 2.
Na prática, a indústria têxtil calculou o total das emissões de gases de efeito estufa (GEE), reduziu onde era possível e balanceou o restante das emissões que ainda não puderam ser eliminadas através da compensação, neste caso, adquirindo créditos de carbono oriundos de um projeto de geração de energia eólica, a qual é limpa e renovável. “O primeiro passo no combate aos impactos da mudança climática foi mapear as emissões de gases de efeito estufa diretas e indiretas. As emissões diretas da Brandili são provenientes das operações próprias (escopo 1), ou seja, as operações sobre as quais a empresa detém o controle e a gestão. Já as emissões indiretas (escopo 2), são as originárias da energia elétrica adquirida para uso em nossos processos”, explica o gerente de Sustentabilidade da Brandili, Leonir Felipe Soliman Filho.
A iniciativa, cuja base vem sendo construída na última década, compreende as três unidades da empresa (Apiúna, Otacílio Costa e Blumenau, todas em Santa Catarina). “As pessoas já devem ter percebido que eventos climáticos extremos estão ficando cada vez mais frequentes e intensos. Isso é causado pelo aumento da quantidade de carbono na atmosfera e, consequentemente, o acréscimo da média da temperatura global. Precisamos alcançar a neutralidade de carbono. Caso contrário, o cenário que enfrentaremos será de perdas econômicas inimagináveis e colocaremos em risco a vida de pessoas e de ecossistemas em todo o mundo”, destaca Filho.
PADRÃO INTERNACIONAL
Para a elaboração do inventário de gases de efeito estufa, a Brandili se tornou membro do Programa Brasileiro GHG Protocol, que é uma iniciativa do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVces) para registro e publicação de Inventários de Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE, em inglês, GHG – Greenhouse Gases), através de uma plataforma de Registro Público de Emissões. A metodologia utilizada na elaboração do inventário é um padrão reconhecido internacionalmente de quantificação de emissões.
Após ser auditado por uma verificadora independente, o inventário de gases de efeito estufa foi publicado via Registro Público de Emissões do Programa Brasileiro GHG Protocol, o qual é o principal padrão de reporte de emissões de GEE no Brasil e reconhecido como iniciativa de responsabilidade ambiental e climática.
MOVIMENTO SOCIOECONÔMICO FOCADO NAS GERAÇÕES ATUAIS E FUTURAS
Tendo a criança como o centro de todas as suas ações, a responsabilidade de fazer a sua parte e buscar um futuro melhor para as gerações ficou ainda mais saliente na Brandili. “Estamos convictos de que a transição para uma economia neutra em carbono é possível, que a descarbonização eficiente é aquela que consegue avançar na neutralidade em carbono e que, acima de tudo, é uma grande oportunidade para criação de riqueza, geração de empregos e redução dos impactos da ação humana sobre a natureza”, afirma Jacques Douglas Filippi, diretor-geral da Brandili.
Com essa iniciativa, a empresa tem como objetivo estimular outras organizações, sejam elas têxteis ou de outros setores, para que se engajem em prol da descarbonização.