Mercado itinerante, que em sua primeira edição reúne marcas de moda e bem-estar de criadores independentes, se une às demais programações do DW 2023 e à Somauma, proprietária e responsável pelo retrofit do imóvel, no Centro de São Paulo (SP)
A collab de criações autorais desenvolvida por Claudio Magalhães e Gabriel Del Corso, da @re.set.br, BaFu Origens – nome inspirado na prioridade dos processos de produção e a busca do original “fazer moda”, o ateliê vivo –, realiza sua primeira edição no novo formato que une a moda ao bem-estar, no 7º andar do Edifício Virginia, Centro Histórico de São Paulo, que sedia, no térreo, a loja física BaFu. O evento segue o propósito de conectar e promover parcerias entre marcas e aproximá-las das pessoas, tornando-as mais humanas, e reunirá pequenos produtores de design, moda, aromaterapia e cosmética natural, gastronomia, jardinagem e artes plásticas, gerando oportunidade de negócios e informação para consumidores que buscam produtos com essas características.
O espaço tem sido residência da BaFu desde 2021 e funciona também como local de diálogo da construtora e incorporadora Somauma – que une os conceitos de economia circular e biofilia com a visão de arquitetura como cidade e está desenvolvendo o retrofit do edifício – com o entorno, abrindo portas para ouvir histórias de antigos moradores e vizinhos.
“Neste papel de conectores, percebemos que tanto os produtores e consumidores como nossos parceiros e oferecemos a eles transparência. Nossa busca é incentivar e valorizar o que está sendo feito por marcas brasileiras independentes, desde a precificação justa até o cuidado na exposição dos seus produtos, construindo experiências verdadeiras e memoráveis”, afirma Claudio Magalhães, idealizador do projeto BaFu. “Vamos ter no mercado não só marcas, mas ateliês, fazendo ali, na hora, mostrando os processos da produção, além de talks sobre processos renováveis, sustentáveis, de reuso”, completa Gabriel Del Corso, co-idealizador do evento.
Dividido em quatro apartamentos, o mercado BaFu Origens contará, em sua primeira edição, com expositores de moda e bem-estar e a cada edição abordará diversos outros segmentos, como designs, gastronomia, artes e outros.
No Ap. 71, fotografia e pinturas do Cítrica 7 Studio, com obras autorais de sua criadora Adriana Cavallaro e outros artistas; a moda urbana e inclusiva da high streetwear da Assis; Babo com peças no gender, onde cada desenho tem uma intenção, buscando a reflexão de assuntos urgentes; Confort Pintos com sua moda agênero que nos desafia a deixar as definições de lado para viver a vida mais livre; a moda masculina contemporânea, jovem, urbana, que chegou para celebrar e apoiar a relação única entre humanos e seus pets da Cassius; a moda atemporal e agênera, ispirada na cultura panamenha, ancestral da Michele Wharton Design; camisaria masculina da Rever, que combina design e sustentabilidade em roupas de qualidade, duradouras, atemporais e sustentáveis; a marca SÄL, moda feminina que utiliza matérias primas recicladas, orgânicas, naturais e ecológicas, com reciclagem de resíduos afim de minimizar o impacto ambiental; a curadoria atômica do colab Zebu com sua reciclagem na moda e no design, que faz girar a economia colaborativa; e, fechando a lista, uma exposição de upclycling de moda da Comas.
O consumo consciente é o foco do Ap. 72, com as peças femininas feitas a partir de retalhos da CO.LAB/12, nome inspirado no 12º objetivo da ONU, que foca em Consumo e Produção Sustentáveis; a plataforma que une diversas marcas sustentáveis de moda, cosmética, nutrição e bem estar From Future; joias inspiradas na natureza da Greta Ateliê; tricôs unissex produzidos com algodão nacional cultivado e produzido de forma responsável, consciente e sustentável da Hauzes (foto); a moda feminina/feminista, consciente e sustentável de Heloisa Faria; Room, marca de sapatos e roupas artesanais que conecta moda e casa; e as velas, acessórios, aromaterapia, sabonetes naturais da Vela_madeinsaopaulo.
A BaFu leva ao Ap. 73 as marcas presentes em sua loja: Alme, calçados veganos, 100% carbono neutro – empresa B certificada Arezzo; CÏCLOarte, com peças unissex, ecológicas e colaborativas, aqui com o cantor Rico Dalasam e o artista de rua Tim Tim; o Estúdio A Casa Torta, com sua criação de design, moda e decoração viva; as jaquetas produzidas a partir do reaproveitamento de pipas de kitesurf da KiteCoat; a produção 100% artesanal e afetiva de bolsas e acessórios unissex da Mafagafo; o conforto e atemporalidade das peças unissex em algodão da Olara; e a marca atemporal, sem gênero, das peças desconstruídas artesanalmente da Krixina. Tudo embalado pelos drinks sem álcool do Doja.
A Semana de Moda Casa de Criadores e a Brasil Eco Fashion ocupam o Ap. 74, que traz também os calçados veganos, 100% carbono neutro da Alme, – empresa B certificada Arezzo; a moda agênero de Ellias Kaleb, a “Arqueomoda Andina” da Kunpi, que traz o estilo de vida ancestral andino à modernidade e a moda afrocentrada, com peças versáteis e atemporais da VB Atelier.
O evento contará também com palestras, sempre às 18h30. No dia 10/03, após a abertura dos talks por Ana Sudano e Rafael Morais, da Brasil Eco Fashion, às 16h30, Adriana Tubino, da Revoada, conversa sobe Moda Circular. Em 17/03, as 18h30, Agustina Comas, da Comas, falará sobre Upcycling; e, fechando o ciclo, dia 18/03, Jackson Araújo, diretor criativo do festival Trama Afetiva, rede que conecta pessoas que usam o design e a moda como ferramentas de transformação socioambiental, fala dos processos de construção de novos produtos com reaproveitamento de materiais.
A BaFu questiona a origem, os meios e os fins, com interesse nos fazeres artesanais e técnicas tradicionais, denominado slow living, conectando pessoas que estão adotando posturas diferentes de se relacionar com o trabalho e com o consumo, com compromisso com a qualidade de vida, associada ao fazer com identidade e respeito social.
A escolha dos locais do mercado é baseada na integração do projeto com o espaço e, a partir desse ponto, seleciona produtos, marcas e produtores que farão parte de cada edição. Assim, cada mercado sempre gera uma experiência nova para quem o visita.
“Como empreendedores e sonhadores acreditamos numa cidade plural, diversa e criativa. Buscamos um olhar mais abrangente sobre o local onde estamos, sobre os habitantes e seus hábitos de vida e de consumo. Londres, Berlim, Nova Iorque e outros grandes centros urbanos tiveram bairros inteiros transformados através da economia criativa. Analisamos estes movimentos e vimos que estão ancorados em três pilares: arte e design; moda e cosmetologia; alimentos e bebidas. Sabemos que, sozinho, o retrofit não é capaz de transformar um local. Por isso a Somauma acredita na colaboração com a comunidade criativa para construir lugares mais vivos, seguros e atraentes. Queremos conectar pessoas que desenvolvem trabalhos autorais em pequena escala a quem está preocupado com consumo consciente e com o impacto das suas atitudes. Para a mostra “Quanto Tempo Temos?”, queremos dar continuidade a um movimento que começou no ano passado. Para nossa primeira iniciativa em 2023, convidamos Cláudio Magalhães e Gabriel Del Corso para trazer para fazer uma curadoria de marcas de moda sustentável – não somente upcycling ou biodesign, mas marcas que carregam expressões seja artísticas e políticas, pois entendemos que ouvir a natureza, nosso planeta e as pessoas é a melhor maneira de construir o nosso futuro” , afirma o cofundador e responsável pela área de Novos Negócios e Comunicação da Somauma, Marcelo Falcão.
SERVIÇO
BaFu Origens
Funcionamento: de 11 a 19/03, das 12h às 21h
Edifício Virgínia – 7º andar
Rua Martins Fontes 205 – Centro Histórico de São Paulo