Com engajamento e ação, a Liga de Descarbonização, liderada pela Abit, visa fortalecer a agenda climática em toda a cadeia produtiva têxtil e de moda
Com o propósito de acelerar a transição do setor rumo a uma economia de baixo carbono, a Liga de Descarbonização é um movimento voluntário de engajamento, liderado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – Abit, com apoio de mais de 10 organizações mobilizadoras.
Para começar essa jornada, a iniciativa dispõe de uma Carta-Compromisso. O instrumento demanda que as empresas signatárias mensurem suas emissões de gases de efeito estufa (GEE), o primeiro passo na busca pela descarbonização. As ações se estendem ao critério de transparência, indicando que cada empresa torne públicas suas emissões até 2027.
Com mais de 30 empresas signatárias, a Liga de Descarbonização surge como uma iniciativa estratégica, não apenas para posicionar o setor têxtil e de moda brasileiro diante das ambições globais de redução de emissões, mas para fortalecer e valorizar empresas que já trilham sua jornada na agenda climática. Nesse cenário, o Brasil conta com uma vantagem competitiva única: uma matriz energética majoritariamente renovável, com destaque para a geração hidrelétrica e os avanços em energia eólica e solar.
Com a realização da COP30 – sediada em Belém –, o movimento reforça a importância de as empresas assumirem protagonismo na agenda, aproveitando o potencial do setor como catalisador de transformação cultural – característica relevante em um cenário de urgência climática – além de alinhar práticas de baixo carbono às metas e visibilidade internacionais.
Segundo Camila Zelezoglo, gerente de Sustentabilidade e Inovação da Abit, essa mobilização setorial que ocorre por meio da Liga de Descarbonização, que reconhece empresas que já trilham o caminho no enfrentamento às mudanças climáticas e incentiva aquelas que estão iniciando a jornada, contribui para a criação de um ambiente de convergência de ações empresariais, estimulando um efeito cascata de engajamento e transformação.
No último dia 30, foi lançado o site oficial da iniciativa que, além de apresentar o histórico de mobilização junto à cadeia produtiva e indicar conteúdos relevantes sobre a agenda climática, reúne as empresas signatárias e amplia a transparência e a visibilidade das ações empresariais voltadas à redução de emissões.
É o primeiro passo de uma jornada de melhoria contínua que dialoga diretamente com a agenda de competitividade. A sustentabilidade – e neste caso específico, a agenda climática – permite reduções de custos, eficiência operacional e valorização da reputação empresarial, criando vantagens reais para quem investe em práticas responsáveis. A Abit tem trabalhado para que essas vantagens sejam reconhecidas e potencializadas por políticas públicas, instrumentos de incentivo e marcos regulatórios que considerem a realidade da cadeia produtiva nacional.
“Estar à frente na agenda climática fortalece a reputação da empresa e a prepara para os riscos e exigências de um mercado cada vez mais regulado e competitivo. De maneira coletiva, empresas comprometidas tornam o setor mais forte e resiliente”, comenta a executiva.
Nesse sentido, a entidade reforça seu papel como articuladora de soluções que promovam o desenvolvimento sustentável do setor, sem comprometer sua capacidade de competir, inovar e gerar valor. A construção de uma indústria mais verde e justa depende, também, de um ambiente de negócios que reconheça e valorize os esforços das empresas brasileiras.
Saiba mais em: liga.abit.org.br
