Cenário reflete desafios do setor no último ano, que sofreu com impactos da escassez de matéria-prima, preços altos e conflito entre Rússia e Ucrânia
Dos 15 ramos de atividade monitorados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a indústria têxtil foi a que apresentou a maior redução do consumo no ano passado. O setor encerrou 2022 com uma carga de 671 megawatts médios, volume 3,8% menor do que em 2021.
“O resultado é reflexo de um ano bastante desafiador para o segmento. O cenário internacional impactado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, pela falta de matéria-prima e pelos preços elevados de transporte atuou como um freio para a produção nacional. O consumo menor de energia é resultado disso”, explica Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Em uma análise regional, Paraíba e Minas Gerais se destacam pela redução de 19,9% e 14,1% no consumo do segmento, respectivamente. Em termos absolutos, a indústria têxtil paulistana é a mais representativa, porém o estado registrou uma leve alta de 0,9% no comparativo anual.