Companhia foi pioneira no país a ter 100% de suas ações negociadas no mercado, sem acionista controlador, e reforça trajetória de crescimento baseada em inovação e sustentabilidade
Neste mês, a Lojas Renner S.A. celebra duas décadas de um marco histórico: foi a primeira empresa brasileira a ter 100% de suas ações negociadas em bolsa, sem um acionista controlador. A data também comemora os 20 anos de presença no Novo Mercado da B3, segmento que reúne companhias com os mais altos padrões de governança corporativa.
A celebração oficial aconteceu na sede da B3, onde o presidente do Conselho de Administração, Carlos Souto, e o CEO, Fabio Faccio, tocaram a tradicional sineta de abertura do pregão, um gesto simbólico que reforça o pioneirismo da Lojas Renner S.A. e sua contribuição para o fortalecimento do mercado de capitais no Brasil.
A primeira corporação brasileira foi criada quando a americana JC Penney vendeu o controle da varejista em uma oferta pública de ações na bolsa de valores brasileira, em 2005. Desde então, potencializou ainda mais o desenvolvimento e a aplicação das melhores práticas de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (ESG) para reforçar a geração de valor para os clientes, colaboradores, parceiros, sociedade e investidores, o que já lhe garantiu o reconhecimento pelos principais índices do mercado relacionados ao tema, como o ISE B3 e o Dow Jones Sustainability Index (DJSI).
“Celebrar nossos 20 anos como a primeira Corporation do Brasil significa reafirmar o compromisso que assumimos com a perenidade do nosso negócio, a inovação constante e a criação de valor compartilhado. Ao longo dessas duas décadas, crescemos de forma sustentável, evoluímos em governança e fortalecemos nosso relacionamento com os acionistas, sempre com transparência e foco no longo prazo. Essa trajetória é resultado de uma cultura sólida, do engajamento dos nossos colaboradores e da confiança dos nossos clientes em nosso propósito de encantar a todos”, diz Faccio.
Entre 2005 e 2024, a receita bruta anual saltou de R$ 1,5 bilhão para R$ 18,4 bilhões, enquanto suas ações valorizaram impressionantes 1.660,3%, superando com folga os 475,2% do Ibovespa. O número de acionistas também cresceu exponencialmente: de 800 para 102 mil, entre pessoas físicas, jurídicas e investidores globais, que, só em 2024, receberam R$ 633,6 milhões em proventos.
EXPANSÃO COM PROPÓSITO
Ao longo desses 20 anos, a Lojas Renner SA diversificou seu portfólio com marcas como a Youcom (moda jovem), Ashua (moda curve e plus size) e Realize (instituição financeira). Também criou o RX Ventures, fundo de Corporate Venture Capital que investe em startups voltadas a tecnologias inovadoras com foco nos segmentos de moda e lifestyle, e-commerce, marketplace, retailtechs, marketing de relacionamento e conteúdo (martech), fintechs, logística e supply chain.
A expansão foi reforçada por aquisições estratégicas, como a Camicado (casa e decoração), o Repassa (maior brechó online do país) e a logtech Uello (logística para e-commerce). Hoje, a companhia conta com mais de 680 lojas, 25 mil colaboradores e 20 milhões de clientes ativos no Brasil, Uruguai e Argentina.
“A Lojas Renner S.A. trilhou um caminho singular ao adotar, há duas décadas, um modelo que hoje é referência no mercado de capitais brasileiro. Ao apostar em uma cultura consistente e uma governança sem controle concentrado, pautada pela independência, meritocracia e visão de longo prazo, ela mostrou que é possível crescer com solidez, manter um alinhamento genuíno com os interesses dos acionistas, tomar decisões estratégicas com agilidade e reforçar o papel ativo do conselho na orientação e supervisão dos negócios”, reforça Souto.
ESG COMO PILAR ESTRATÉGICO
O engajamento com as melhores práticas ESG está integrado de forma transversal à gestão da Lojas Renner S.A. Seu Conselho de Administração é composto exclusivamente por membros independentes, apoiados por comitês especializados (Pessoas e nomeação, Sustentabilidade, Estratégico, Auditoria e gestão de riscos) que garantem decisões mais estratégicas, com foco na perenidade dos negócios e alinhadas ao longo prazo.
A diversidade também é destaque: 37,5% do Conselho é formado por mulheres (3 de 8), colocando a empresa entre as poucas da B3 com três ou mais conselheiras, segundo o estudo “Mulheres em Ações”, promovido pela bolsa de valores brasileira.
A empresa também foi pioneira em iniciativas de transparência e governança, como o lançamento do Manual para Participação de Acionistas em 2006 e a criação da Secretaria de Governança Corporativa em 2018, com uma Governance Officer. Desde 2021, a remuneração da diretoria, composta por 40% de mulheres, está atrelada a metas ESG, o que reforça o engajamento da alta liderança com os pilares sustentáveis do negócio.
COMPROMISSO COM O FUTURO
A companhia já concluiu seu primeiro ciclo de metas públicas de sustentabilidade em 2021, superando todos os objetivos. Agora, segue com um novo plano até 2030, que inclui alcançar 100% de peças com menor impacto ambiental (hoje são 80%) e avançar na descarbonização da cadeia para atingir a neutralidade climática até 2050, com base em métricas científicas.
Os compromissos até 2030 incluem ainda avanços nos indicadores de diversidade, para chegar, neste período, a 50% dos cargos de liderança ocupados por pessoas negras e a 55% dos postos de alta liderança ocupados por mulheres. Em linha com este objetivo, estes dois índices apresentaram avanços importantes em 2024, com crescimento de 30,5% para 34,4% e de 45% para 47,9%, respectivamente, em relação ao ano anterior.
PRINCIPAIS MARCOS
A transformação da Lojas Renner S.A. na primeira corporação brasileira, em 2005, aprofundou e acelerou as iniciativas para garantir padrões de excelência cada vez maiores à governança da companhia. Mas este é um compromisso que remonta a seis décadas, quando ela iniciou a implantação de um sistema robusto de práticas, políticas e estruturas que garantem a execução de suas estratégias com responsabilidade, sustentabilidade e geração de valor para os acionistas.
1965: Criação da Lojas Renner S.A.
1967: Abertura de capital.
1991: Empresa profissionaliza a gestão e elege seu primeiro conselheiro independente.
1998: Rede americana JC Penney adquire o controle acionário.
2005: JC Penney deixa o controle acionário e a Lojas Renner S.A. torna-se a primeira corporação brasileira, com 100% das ações em circulação no mercado, e ingressa no Novo Mercado, o mais alto nível de governança da B3. No mesmo ano, diferentes executivos passam a ocupar cargos na Diretoria e na presidência do Conselho de Administração, que também passa a ter a primeira mulher entre seus integrantes.
2006: Companhia instala seu Conselho Fiscal permanente e é a primeira do Brasil a disponibilizar o Manual de Assembleia para os acionistas.
2009: Conselho de Administração passa a ser submetido a processos regulares de avaliação formal e é criado o portal de Governança para o Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Comitês.
2010: Companhia torna-se a primeira empresa do Brasil a utilizar o Pedido Público de Procuração e cria sua área de Compliance.
2015: Criadas as políticas de Governança, Riscos e Conformidade e de Partes Relacionadas.
2016: Ampliação do escopo de atuação da área de Compliance em nível corporativo.
2018: Lojas Renner S.A. cria a Secretaria de Governança Corporativa e torna-se a primeira empresa brasileira a divulgar o Informe de Governança, sendo a mais aderente ao Informe.
2019: Sucessão do CEO, com a saída de José Galló, que ocupava o cargo desde 1999, e a entrada de Fabio Faccio, que permanece até hoje. Primeira eleição individual para o Conselho de Administração.
2020: Companhia adere ao Women on Board (WOB), uma iniciativa apoiada pela ONU Mulheres para incentivar a presença feminina nos conselhos de administração das empresas, com participação nos colegiados de, pelo menos, duas mulheres.
2021: Remuneração da Diretoria passa a ser formalmente atrelada ao cumprimento de metas ESG.
2022: A Secretária de Governança Corporativa passa a ser Área de Governança Corporativa – com Governance Officer, e implantação da Matriz de competências do Conselho de Administração.
2023: Ampliação dos critérios de diversidade para o Conselho de Administração e para a Diretoria e inclusão de novos requisitos de assiduidade e de limites de mandatos concomitantes para o colegiado.
2024: Sucessão do presidente do Conselho de Administração, com a saída de José Galló e a eleição de Carlos Souto. Participação de mulheres no Conselho de Administração chega a 37,5% (três de oito integrantes) e 100% dos membros do colegiado passam a ser independentes, incluindo o presidente.
2025: A Lojas Renner S. A. completa 60 anos de existência, 58 anos de capital aberto e 20 anos como a primeira corporação brasileira.