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MUSEU DAS CULTURAS INDÍGENAS TEM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL NO ABRIL INDÍGENA

Evento acontece de 19 a 23 de abril; a programação, elaborada pelo Museu em parceria com o Conselho Indígena Aty Mirim, promoverá feiras, rodas de conversas e oficinas

Entre 19 e 23 de abril, o Museu das Culturas Indígenas apresenta uma série de atividades em celebração ao Abril Indígena. Os eventos, programados para acontecer ao longo do mês de abril, reúnem representantes indígenas do Estado de São Paulo, que debatem a importância de temas como território, diversidade cultural e educação dos povos originários. Aberta ao público e gratuita, a programação vai contar com feira de artesanato, rodas de conversas, apresentações musicais e oficinas.  

A primeira edição do Abril Indígena, idealizado pelo MCI – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim – pretende sensibilizar o público sobre a realidade dos territórios indígenas no Estado de São Paulo. Vale lembrar que neste mês também é celebrado o Dia dos Povos Indígenas (19/04).  

FEIRA INDÍGENA NO MCI 

Indígenas detentores de conhecimentos tradicionais sobre a fabricação de artefatos, e articulados pelo Conselho Indígena Aty Mirim/MCI, participam entre 19/04 e 23/04 da Exposição e Venda de Artes e Artesanatos dos Territórios Indígenas de São Paulo. Durante a exposição, aberta na área externa do MCI, o grupo também promove oficinas, rodas de conversas e palestras com os artistas e expositores. Entre os dias 20/04 e 23/04, as atividades serão comandadas por representantes de Terras Indígenas em São Paulo, Guarulhos, Ubatuba, Jaraguá, Itanhaém e Registro.  

RODAS DE CONVERSA E CANTOS: TERRITÓRIO, RESISTÊNCIAS E UNIÃO

Em 19/04, das 10h30 às 12h, o MCI promove o evento Direitos Indígenas, Proteção Territorial e Meio Ambiente: Dilemas e Desafios para o Século XXI. Para abordar a luta pelo território e proteção do meio ambiente, o encontro terá a participação de integrantes do Conselho Indígena Aty Mirim, como o Cacique Márcio Boggarim, da Terra Indígena Tekoa Yvy Porã; Thiago Awá Mirim, da Terra Indígena Renascer; e Cristiano Kiririndju, presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas na Secretaria de Justiça do Governo do Estado de São Paulo, da Terra Indígena Renascer.  

Na mesma data, das 14h às 15h30, acontece a roda de conversa Povos Indígenas: Resistências e Diferenças. Conduzida por Aly Orellana, amazônida, descendente Guarani e doutor em educação pela PUC/SP, e Márcio Boggarim, integrante do Conselho Aty Mirim, os participantes debatem o racismo contra os povos indígenas, dentro e fora de seus territórios, e em especial nas instituições públicas e privadas. A atividade é uma parceria com a Coordenação de Povos Indígenas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. 

O Coral Guarani Mbaraete, da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, apresentaCantos de União e Re-Existência. Com mediação de Jaxuka Quadros, integrante do Conselho Indígena Aty Mirim, a atividade acontece em 19/04, a partir das 15h30.  

GRAFISMOS INDÍGENAS: ESPIRITUALIDADE, MEMÓRIA E ARTES

Grafismos indígenas são inaugurados durante o Abril Indígena. Foto: MCI 

Em 19/04, o MCI inaugura nova fachada externa do Museu, composta por pinturas e grafismos indígenas, Na ocasião também será realizada uma cerimônia de rezo, com a condução de Xejary Catarina Nymbopy’ruá, Xeramoy Manoel Werá e integrantes do Conselho Indígena Aty Mirim.

Os grafismos indígenas foram criados por Mimby Mirim dos Santos, Tupi-Guarani (T.I. Piaçaguera em Peruíbe/SP), Elizeu Caetano, Tupi-Guarani Ñhadeva (T.I. Araribá em Avaí/SP), Itauany Larissa Melo Marcolino, Kaingang (T.I. Vanuíre em Arco-Íris/SP), Susilene Elias Melo, Kaingang (T.I. Vanuíre em Arco Íris/SP), Awá Tupã Mirim, Tupi-Guarani (T.I. Renascer Ywyty Guaçu em Ubatuba/SP), Thÿnrà Terena, Terena (T.I. Araribá em Avaí/SP), Edenizete Ribeiro Alves, da Reserva Indígena Filhos desta Terra (Guarulhos/SP) e Rafael Kaje, Guarani M’bya (T.I. Jaraguá em São Paulo/SP). 

PALESTRAS, OFICINA E DANÇA: TERRITÓRIO, TRANSMISSÃO DE SABERES, ARTE E EDUCAÇÃO

Em 20/04, às 10h, representantes do povo Pankararu comandam a palestra Entre Brejo dos Padres e Real Parque: Praiás, Caroás, Toantes e Dinâmicas Ritualísticas entre os territórios Pankararu. Ivone Pankararu, da Associação SOS Pankararu e integrante do Conselho Indígena Aty Mirim, e Adílson Pankararu, liderança espiritual do povo Pankararu no Real Parque em São Paulo, debatem sobre os territórios e resistências da etnia Pankararu.  

Com a participação do artista Denilson Baniwa e o Cacique Awá Mbaraeté Dju (Ubiratã Gomes), professor e pesquisador, a atividade Arte indígena: olhar contemporâneo e ancestralpromove o diálogo sobre a luta do território por meio da arte e da educação. A atividade em 20/04, às 18h, também apresenta os conceitos da instalação “Escola Panapaná” de Denilson Baniwa, em cartaz na Pinacoteca São Paulo. A instalação une a combinação de línguas e culturas indígenas com artes e música. 

A transmissão de conhecimentos ancestrais e o diálogo entre gerações são apresentados na palestra Saberes-fazeres, diálogo intergeracional e transmissão de conhecimentos tradicionais: Tradição, Modernidade e Sustentabilidade. Em 21/04, às 10h, dona Irene Boggarim, integrante do Conselho Indígena Aty Mirim, apresenta como são conservados e transmitidos os saberes indígenas na Terra Indígena Jaraguá. Já em 22/04, às 10h, o MCI apresenta a palestraO Protagonismo das Mulheres Indígenas na Luta por Direitos Humanos: Corpo, Saúde, Memória e Territórios, com a Cacica Arapoty Maria, da Terra Indígena Jaraguá. 

Na oficina de fabricação de pulseiras e miçangas, as indígenas Ivanildes Pereira da Silva e Ana Rosa Pereira da Silva, ambas do povo Guarani Mbya, da Aldeia Rio Bonito, comandam a atividade em 22/04, às 13h. Os participantes confeccionam braceletes e colares e podem levar os itens criados como recordação. 

Cantos e danças, em especial a Dança do Xondaro, marcam a apresentação do Coral Guatapu, da Aldeia Nhanderu Pó, em Mongaguá, em 22/04, às 17h. A apresentação conta com a mediação de Luiz Karaí, integrante do Conselho Aty Mirim.  

Obra ‘A guardiã da memória’, de Timikuã Txihi / MCI

PROGRAMAÇÃO

20/04 – quinta-feira 

Palestra – Entre Brejo dos Padres e Real Parque: Praiás, Caroás, Toantes e Dinâmicas Ritualísticas entre os territórios Pankararu 

Horário: das 10h às 12h 

Vagas: 30  

Inscrições disponíveis aqui.  

Roda de conversa com Artistas e Artesãos dos Territórios Indígenas de São Paulo 

Horário: das 15h às 17h 

Vagas: 50  

Inscrições disponíveis aqui

Arte indígena: olhar contemporâneo e ancestral 

Horário: das 18h às 20h 

Inscrições disponíveis aqui

21/04 – sexta-feira 

Palestra – Saberes-fazeres, diálogo intergeracional e transmissão de conhecimentos tradicionais: Tradição, Modernidade e Sustentabilidade na TI Jaraguá/SP 

Horário: das 10h às 12h 

Vagas: 50  

Inscrições disponíveis aqui

Roda de conversa com Artistas e Artesãos dos Territórios Indígenas de São Paulo 

Horário: das 14h30 às 16h30 

Vagas: 50  

Inscrições disponíveis aqui

22/04 – sábado 

Palestra – O Protagonismo das Mulheres Indígenas na Luta por Direitos Humanos: Corpo, Saúde, Memória e Territórios 

Horário: das 10h às 12h  

Vagas: 50  

Inscrições disponíveis aqui

Oficina: Fabricação de Pulseiras de Miçangas 

Horário: das 13h às 15h  

Vagas: 15  

Inscrições disponíveis aqui.  

Roda de conversa com Artistas e Artesãos dos Territórios Indígenas de São Paulo 

Horário: das 15h às 17h  

Vagas: 50  

Inscrições disponíveis aqui

Apresentação Cultural:  Cantos e danças com o Coral Guatapu 

Horário: das 17h às 18h  

SERVIÇO:

Museu das Culturas Indígenas 

Local: R. Dona Germaine Burchard, 451 – Água Branca, São Paulo/SP 

Entrada: participação gratuita nas atividades.   

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