Feira acontece de 6 a 8 de maio em Atlanta, nos Estados Unidos, com a Techtextil North America
Reunindo os maiores fabricantes de maquinário e soluções para as indústrias têxtil e de confecção, com destaque para as empresas sediadas em território ianque, a Texprocess Americas 2025 será realizada entre os dias 6 e 8 de maio na cidade de Atlanta, na Georgia (Estados Unidos), com a Techtextil North America 2025.
Para termos um gostinho do que está por vir, além dos lançamentos de produtos, talks e conferências que serão apresentados, conversamos com Sarah Hatcher, diretora das feiras Texprocess Americas e Techtextil North America (Messe Frankfurt USA), e Michael McDonald, presidente da Sewn Products Equipment & Suppliers of the Americas (SPESA), entidade setorial coprodutora das feiras.
Ao lado de novas tecnologias, sempre presentes às feiras e eventos promovidos pela Messe Frankfurt, os organizadores destacam que acesso e colaboração são dois temas para a Texprocess Americas deste ano. “Acesso ao conhecimento, à tecnologia, a especialistas que podem recomendar soluções de fabricação que gerem impacto nos resultados financeiros da sua empresa. A Texprocess Americas, colocalizada junto à Techtextil North America, é a plataforma mais importante do setor para compartilhar ideias e soluções. É um evento interativo em que a colaboração alimenta o progresso e esta edição mais do que nunca”, ressaltam.
NOVAS POLÍTICAS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES
Um fato impossível de ser ignorado é o das mudanças políticas que vêm sendo anunciadas e aplicadas pelo novo governo Trump, que vêm trazendo incertezas em âmbito global. Segundo o presidente estadunidense, é hora de trazer de volta a produção interna, para que não sejam tão dependentes de outros mercados e, neste ponto, Michael e Sarah pontuam os desafios e as oportunidades que se apresentam, neste momento, aos setores têxtil e confeccionista do Estados Unidos.
“Estamos operando em águas bastante turvas agora”, dizem. “Há muitas preocupações geopolíticas, há o impacto de tarifas iminentes, há ventos contrários no mercado e na cadeia de suprimentos que a indústria, em sua totalidade, está tentando navegar agora. Então os desafios são muito vastos. Mas, diante dos desafios, há toneladas de oportunidades. Ou seja, em relação à conectividade e à colaboração da indústria. Assim como vimos durante a pandemia da covid-19, a indústria está se unindo para identificar soluções para os problemas. Estamos trabalhando em toda a cadeia de suprimentos para entender melhor como podemos operar como uma unidade forte e coletiva. Veja o Alphabet Soup Collective. Esse é um exemplo de como trabalhar juntos fomenta uma indústria mais forte e unida.”
Inclusive, o Alphabet Soup Collective, um pool de 11 associações têxteis americanas formado em 2024 com a finalidade de intercambiar informações e preencher lacunas da cadeia de suprimentos dos segmentos de vestuário, têxteis, nãotecidos e artigos costurados, tudo de forma colaborativa, estará presente nesta edição das feiras.
De acordo com Michael e Sarah, ainda não se pode bater o martelo de que este é o início de uma nova fase de recuperação e reindustrialização dos setores têxtil e de vestuário americanos, pois as mudanças de política parecem acontecer com bastante frequência no país.
“Com base nas conversas que tivemos com os expositores, indica que, embora haja alguma apreensão em relação ao que está por vir, eles estão prontos para lutar pela indústria que conhecem e amam. Esta é uma indústria incrivelmente resiliente e nossos olhos permanecem no horizonte”, dizem. “A Texprocess Americas é a maior feira que representa a indústria de equipamentos para produtos costurados no Hemisfério Ocidental. É fundamental que, à medida que continuamos a desenvolver a indústria aqui em casa, nos Estados Unidos, também mantenhamos parcerias com os nossos países de nearshoring”, pontuam.
