ALÉM DOS DESFILES: CASA DE CRIADORES #56 MANTÉM O INCENTIVO AOS NOVOS TALENTOS E DESTACA MOSTRAS E INOVAÇÃO TÊXTIL

Em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo e o Centro Cultural São Paulo, e com apoio da vereadora Marina Bragante, a próxima temporada da Casa de Criadores lança o 4º Desafio Sou de Algodão e abriga exposições do estilista Sérgio Goulart e do coletivo Vou Assim

A Casa de Criadores (CdC) chega à sua 56ª edição sendo, há quase três décadas, o principal evento de moda autoral do Brasil e plataforma essencial para o impulso de novos estilistas e artistas. Será aberta dia 22 de julho, na sala Tarsila do Amaral do Centro Cultural São Paulo (CCSP), no bairro paulistano da Liberdade. O encerramento será no domingo, dia 27. “É muito significativo receber a 56ª edição da Casa de Criadores no Centro Cultural São Paulo, um evento consolidado com o qual compartilhamos a sintonia com a cena e o ecossistema da Economia Criativa na cidade de São Paulo”, afirma Zé Mauro Gnaspini, diretor do Centro Cultural São Paulo.

A CdC apoia quem reescreve as narrativas da moda brasileira, dando suporte ao fortalecimento de negócios criativos, mantendo sempre em perspectiva a reinvenção dos processos produtivos. A par disso, incentiva práticas responsáveis ambientalmente bem como as diversas formas de existência e expressão, comprometida com a valorização da diversidade de corpos, identidades e linguagens.

Além dos 33 desfiles previstos para edição 56, que enfatiza a potência criativa e produtiva da moda destacando o trabalho por trás das criações dos estilistas, a próxima CdC exibe o trabalho do estilista Sérgio Goulart e do coletivo Vou Assim em exposições. Também colocará foco na capacidade da cadeia têxtil de desenvolver artigos com alta tecnologia agregada, como os tecidos de jeanswear da Santista e os artigos feitos com fios REPREVE®️, presentes em looks de diversos estilistas do line-up por serem ferramentas criativas de múltiplas possibilidades.

EXPOSIÇÕES

Sérgio Goulart vai expor suas criações na CdC 56 homenageando nomes fundamentais da moda do século XX – Charles Frederick Worth, Madame Grès, Madeleine Vionnet, Charles James e Rudi Gernreich – com cinco looks , produzidos com tiras de tecido e colocados em manequins. Sérgio faz referência aos cânones da alta costura desenvolvendo seu trabalho com abordagem circular e uma técnica autoral, baseada em fórmulas matemáticas vindas de elipsoides de revolução, ou seja, de formas elípticas que giram em torno de um de seus eixos. Silhuetas características de cada criador histórico foram recriadas a partir das tiras têxteis que, juntas, formam partes dos elipsoides componentes dos diversos recortes que articulam as peças.

Sérgio é formado em Design de Moda pelo Senac e em Engenharia Têxtil pela Universidade Federal do Paraná, tendo desenvolvido essa metodologia durante sua formação como estilista e modelista na Escola da Câmara Sindical da Alta Costura Parisiense, na França.

A plataforma Vou Assim, idealizada pela artista A Pimentel, também aborda técnicas que transformam a matéria prima têxtil. Batizada de TRANSMUTA, a exposição tem curadoria de Pimentel, produção técnica de Lua Ayo Ayana e é composta por peças criadas a partir de processos de transmutação têxtil. Desta forma, propõe-se um olhar para além da roupa: cada fio carrega memória, resistência e um desejo profundo de futuro. Sustentabilidade, arte e política se entrelaçam para contar histórias de quem ousa existir fora do molde.

Em TRANSMUTA, a moda se transforma em manifesto, o tecido vira discurso, e a identidade se revela como obra de arte. As criações desta CdC 56 são vestígios e vozes de uma moda transversal, brasileira e insurgente, que nasce do sertão e deságua nas metrópoles tensionando padrões e costurando novas possibilidades de ser e vestir. Não se trata apenas de uma coleção: é a afirmação de que mudar é preciso e que mudar a si e o mundo pode começar pelo que se veste.

SANTISTA E REPREVE®️: PATROCÍNIOS TRAZEM O POTENCIAL DA CADEIA TÊXTIL NACIONAL

Os denins da Santista, tradicional tecelagem brasileira conhecida pela qualidade e tecnologia agregada de seus tecidos, serão usados nas coleções de 13 estilistas do line-up da CdC 56: Berimbau Brasil, DELLUM, GUILHERME DUTRA, Guma Joana, Mônica Anjos, Nalimo, Plataforma Açu, Studio Ellias Kaleb, SUKEBAN, UMS 458-LL, Visén, VITTOR SINISTRA e Yebo. A Santista reafirma na CdC 56 sua posição de aliada dos designers na criação de moda, fornecendo matéria-prima inovadora como um dos elementos que conduz o processo criativo.

A REPREVE ® é líder mundial na produção de fibras recicladas de alto desempenho, feitas a partir de garrafas plásticas pós-consumo, com tecnologia própria, rastreabilidade e inovação sustentável. Na CdC 56, marca presença por estar na composição do artigo Re Power Denim, tecido sarjado de alta performance criado com o fio sustentável REPREVE ® e produzido pela própria Santista. As coleções das marcas Ken-gá e Le Benites terão dois looks cada, feitos com o material que contém a fibra reciclada, unindo sustentabilidade e a tecnologia.

O desenvolvimento do fio sustentável da REPREVE ® já transformou mais de 40 bilhões de garrafas PET desde o seu lançamento, em 2007. O denim exclusivo, feito com o fio sustentável, permite que cada jeans Re Power Denim promova, em média, a remoção de cinco garrafas plásticas do meio ambiente, evite a emissão de 198 gramas de dióxido de carbono e economize 3,4 litros de água. A REPREVE ® faz parte do guarda-chuva da empresa UNIFI Inc. e está na vanguarda da inovação sustentável há décadas, com tecnologia própria de impressão digital rastreável, nomeada Fiber Print ®, além de produzir e fibras sustentáveis. Esse processo permite verificar, homologar e auditar os produtos.

NOVOS TALENTOS: 4o DESAFIO SOU DE ALGODÃO

Iniciativa já reconhecida e bem-sucedida dentro da Casa de Criadores, o Desafio Sou de Algodão é um concurso aberto a recém-formados em Moda de todo Brasil, em que serão selecionados participantes para estrear na passarela da CdC nas edições seguintes. O Desafio é realizado pela CdC em parceria com o movimento Sou de Algodão, ligado à Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). A quarta edição do concurso será lançada na inauguração da sendo abertas as inscrições e divulgados os requisitos necessários para participação.

O Desafio Sou de Algodão contempla as cinco regiões do país, escolhendo entre os finalistas um representante para cada parte do Brasil. Em 2026, esses trabalhos serão avaliados por um corpo de jurados vindos de várias frentes da moda nacional. O vencedor receberá R$ 30 mil e terá um lugar no line-up da edição do segundo semestre desse ano. O Desafio reforça o compromisso da Casa de Criadores de oxigenar a cena criativa da moda brasileira e descentralizá-la, trazendo protagonismo para criadores de regiões além dos grandes centros.

Foto: Divulgação / Casa de Criadores